Como Anunciar Serviços de Saúde Mental no Google Ads (Sem Violar as Políticas da Plataforma)
Anunciar serviços de saúde mental no Google Ads é um desafio para muitos profissionais. Embora a plataforma ofereça grande potencial de alcance, as restrições em torno de palavras-chave e temas sensíveis podem dificultar — ou até impedir — que campanhas entrem no ar.
Neste artigo, você vai entender por que essas restrições existem, o que dizem as políticas do Google e como contornar esses obstáculos com linguagem estratégica e comunicação ética. Também apresentamos exemplos práticos de termos proibidos e suas alternativas seguras para que sua campanha atinja o público certo sem risco de reprovação.

Por Que É Tão Difícil Anunciar Serviços de Psicologia no Google?
O Google Ads considera temas ligados à saúde mental como “categorias sensíveis”. Isso significa que a plataforma entende que esses anúncios podem impactar emocionalmente o usuário, além de envolver questões de privacidade, diagnósticos e até promessas de cura — o que levanta preocupações legais e éticas.
Consequentemente, palavras comuns para quem atua na área, como “psicologia”, “ansiedade”, “terapia” ou nomes de transtornos, entram em uma zona de risco. Dependendo do contexto, esses termos:
- Podem ser reprovados automaticamente
- Exigem aprovação prévia e comprovação legal
- Têm limitação de exibição, reduzindo o alcance dos anúncios
O Que Dizem as Políticas do Google Ads
As diretrizes do Google são claras quando se trata de conteúdos relacionados à saúde:
- Privacidade em primeiro lugar: não é permitido criar anúncios que possam sugerir que o usuário tem um problema de saúde específico.
- Nada de promessas: frases como “cura garantida” ou “resultados em poucos dias” são proibidas.
- Profissional autorizado: só pode anunciar quem possui registro profissional ativo e comprovação de atuação legal.
- Medicamentos e diagnósticos: temas como automedicação, uso de remédios e diagnósticos clínicos são altamente restritos ou proibidos.
- Conteúdos delicados: tópicos como suicídio, automutilação e transtornos graves devem ser tratados com muito cuidado, geralmente apenas em campanhas educativas e com aprovação especial.
Exemplos de Palavras Proibidas ou Restritas
Abaixo estão algumas palavras e temas que costumam gerar bloqueio ou exigem cuidado extremo ao serem usadas em campanhas:
- Psicologia / psicólogo / psicóloga
- Ansiedade
- Depressão
- TDAH
- Transtorno bipolar
- Transtorno de personalidade
- Suicídio
- Diagnóstico
- Terapia
- Tratamento psicológico
- Medicamentos controlados
- Curas ou promessas de resultados
Como Substituir Palavras Proibidas por Alternativas Permitidas
A chave para driblar essas restrições está em usar uma linguagem segura, acolhedora e não diagnóstica. Veja alguns exemplos práticos:
Termo Restrito | Alternativa Segura |
---|---|
Psicologia | Apoio profissional, acompanhamento emocional |
Psicólogo / Psicóloga | Especialista em bem-estar, profissional da saúde |
Ansiedade | Sintomas de estresse, desconforto emocional |
Depressão | Queda na qualidade de vida, sentimentos de desânimo |
Transtorno bipolar | Oscilações emocionais, variações de humor |
TDAH | Dificuldade de foco, agitação mental |
Suicídio | Sofrimento emocional intenso (com cautela e contexto educativo) |
Terapia | Sessão de escuta, processo de cuidado emocional |
Tratamento psicológico | Jornada de autoconhecimento, apoio contínuo |
Diagnóstico | Compreensão emocional, reconhecimento de padrões |
Medicamentos | Estratégias de cuidado, suporte profissional |
Curas | Apoio gradual, melhora na qualidade de vida |
Exemplos de Como Adaptar Sua Comunicação
ANTES (texto sujeito a reprovação):
“Psicóloga especializada no tratamento de ansiedade e depressão. Agende sua consulta.”
DEPOIS (texto mais seguro):
“Profissional com experiência em acolhimento emocional e escuta qualificada para quem enfrenta desafios como estresse intenso ou queda na qualidade de vida.”
ANTES:
“Tratamento psicológico para TDAH e transtorno de personalidade.”
DEPOIS:
“Acompanhamento focado em dificuldades de foco, agitação mental e comportamentos que afetam sua rotina.”
Boas Práticas para Criar Anúncios na Área da Saúde Mental
Além de adaptar os termos usados, é importante seguir algumas boas práticas na construção dos seus anúncios:
- Evite prometer resultados. Prefira expressões como “apoio contínuo”, “caminho para o equilíbrio” ou “jornada de autoconhecimento”.
- Use linguagem acolhedora. Em vez de termos clínicos, foque em sensações e benefícios: leveza, bem-estar, escuta, presença, segurança.
- Crie campanhas educativas. Anúncios que promovem conteúdos informativos geralmente têm mais aceitação na plataforma.
- Revise com atenção. Títulos, descrições e palavras-chave devem passar por uma curadoria cuidadosa para garantir que estão de acordo com as diretrizes.
Conclusão
Embora existam diversas restrições para anunciar serviços de saúde mental no Google Ads, isso não significa que profissionais da área não possam divulgar seu trabalho. Pelo contrário: com uma comunicação responsável, sensível e estratégica, é possível alcançar o público certo sem violar nenhuma política.
Se você é psicólogo, terapeuta ou profissional da saúde e sente dificuldade em criar campanhas, talvez o problema não esteja no seu serviço — mas na forma como está sendo apresentado.
Com as palavras certas, tudo muda.
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